LECTICIEL :

Um Ambiente de Leitura Assistida por Computador

Susana Mântua

smmantua@univ-ab.pt

Portugal

 

RESUMO

A busca de soluções tecnologicamente capazes de facilitar a comunicação tem sido uma constante desde sempre.Exemplos desta procura são aos sistemas de ensino/aprendizagem de línguas assistida por computador, a proliferação dos laboratórios de línguas e dos programas de aprendizagem de línguas estrangeiras apor meios informáticos ou televisivos, de instrumentos e tecnologias sofisticadas de tradução, etc.

O LECTICIEL é um programa de leitura assistida por computador possibilita o tratamento de texto, a aprendizagem de línguas (de especialidade), a aprendizagem de terminologia e do léxico em várias línguas. O LECTICIEL pretende responder às necessidades actuais de encontrar novas soluções para o desenvolvimento do ensino de línguas estrangeiras e de leitura especializada , de enraizar hábitos de procura de conectores de articulação lógica e organizadores da superfície textual, indicando relações ou balizando percursos. Procura, igualmente, provar que a utilização de novas tecnologias permite, aos aprendentes (em formação inicial ou contínua) e outros eventuais utilizadores, acederem a uma grande variedade e quantidade de textos com a ajuda de uma ferramenta pedagógica evolutiva.

 

  1. Introdução
  2. Através da linguagem todas as realizações do Homem têm sido possíveis, em domínios tão diversos como a arte, a história, a ciência, a tecnologia, entre outras. É através da linguagem que transmitimos as nossas ideias, as nossas emoções. Através da linguagem escrita podemos fazer perdurar, transmitir e comunicar todas as nossas ideias. Mas a comunicação nem sempre é fácil e eficaz, sobretudo quando dois ou mais interlocutores falam línguas diferentes.

    Eliminar as barreiras que impedem a comunicação tem sido desde sempre uma prioridade. O esperanto nasceu da tentativa de alguns homens criarem uma língua artificial que servisse para a comunicação internacional. Os resultados não foram nada animadores e as barreiras linguísticas continuam a levantar dificuldades de comunicação entre os povos.

    Diminuir estas barreiras tem sido uma constante preocupação. Praticamente no final do século os problemas ligados à diversidade linguística não têm diminuido, ao contrário, têm aumentado. Embora a diversidade seja considerada um recurso cultural único, ela também é um entrave a uma comunicação rápida e eficaz.

    Tem sido gasto muito tempo e dinheiro em serviços de tradução e de interpretação, bem como na publicação de documentos em várias línguas, na tentativa destas serem tratadas com "igualdade". Mas é um facto que algumas línguas, a nível planetário, ocupam um lugar de destaque, quer do ponto de vista comercial quer cultural. Desde cedo, estes problemas tiveram como natural consequência o nascimento de uma política de promoção e desenvolvimento de meios tecnológicos e humanos capazes de reduzir as diferenças entre os cidadãos, ou seja, toda a investigação feita na área da tecnologia da língua tem tido como principal objectivo fazer com que todas as empresas, todas as culturas e sobretudo todos os cidadãos, possam participar e gozar das mesmas oportunidades, sobretudo no que diz respeito ao acesso e troca de informações independentemente do país de origem.

    Problemas ligados ao plurilinguismo

    A diversidade linguística mundial não deve constituir um entrave ao desenvolvimento social, económico e cultural dos países, ao contrário deve ser preservada, incentivada e realçada. Assim, no contexto da União Europeia a 12 de Junho de 1995, o Conselho da União Europeia votou e aprovou um certo número de conclusões sobre a diversidade linguística. Não podemos deixar de constatar que tais medidas terão grandes e importantes repercussões na sociedade do ano 2000. [CE 1997]. O desenvolvimento da já chamada sociedade de informação proporcionará novas oportunidades mas também novos desafios ao plurilinguismo e à diversidade linguística. Um dos maiores desafios diz respeito à globalização dos mercados. É já muito comum encontrarmos bens de consumo cuja apresentação é feita em várias línguas. É evidente que nos últimos anos os serviços de tradução e a tecnologia ligada a esta área tem sido muito procurada e desenvolvida.

    Verificamos no entanto que este alargamento das fronteiras se viu confrontado com o problema uniformização cultural devido à "invasão" de todo o tipo de produtos em língua inglesa que praticamente forçaram milhões de utilizadores/consumidores a "aceitarem" informação numa língua que não é a sua, ou então a correrem o risco de passarem ao lado de grande parte da informação comercial, científica e cultural. A única solução para os falantes das línguas menos faladas parece ser aprender uma ou mais línguas estrangeiras ou então a tradusir todos os materiais que lhes interessam para a sua língua nativa e desta para as outras línguas.

  3. A língua e a tecnologia
  4. A Sociedade de Informação Multilinge nasceu da articulação que os seres humanos foram capazes de fazer com a linguagem e as tecnologias. Com efeito, o que define a era da informação de que tanto falamos actualmente é a articulação das telecomunicações com a informática.

    Recuando alguns séculos podemos afirmar que o primeiro grande passo foi dado com a invenção da imprensa. O segundo passo foi dado na era da mecanização que veio aumentar a velocidade e capacidade de reprodução dos textos impressos, levando a informação a um número cada vez maior de de pessoas.

    Nos últimos quinze anos, a vulgarização dos computadores pessoais e a utilização cada vez maior dos processadores de texto fizeram com que a tecnologia da língua conhecesse um grande impulso. Comunicar com outra(s) pessoa(s) que se encontra(m) nos nossos antípodas já é possível e em tempo real. Mas a maior revolução deu-se com o aparecimento do multimedia que veio permitir enviar e receber informação nos mais variados suportes e formatos: imagens - móveis e/ou fixas, texto escrito, sons verbais - linguagem falada e sons não-verbais - música, ruídos. Nos dias de hoje qualquer texto, qualquer imagem e qualquer som, pode ser lido, visto ou ouvido, por milhares de pessoas espalhadas nos pontos mais longínquos do nosso planeta apenas alguns segundos depois de terem sido "enviados".

    Num mundo ideal, o cenário que mais convinha a cada utilizador seria aquele em que ele poderia aceder, trocar e receber toda e qualquer informação na sua língua materna. (por ex: informação comercial, empresarial, publicidade, recreativa, didáctica, etc.).

    Investigadores de todo o mundo tentaram e continuam a tentar encontrar soluções tecnologicamente capazes de facilitar a comunicação. São exemplo disto mesmo o ensino/aprendizagem de línguas assistida por computador, a proliferação dos laboratórios de línguas e dos programas de aprendizagem de línguas estrangeiras através dos computadores ou da televisão, de sistemas cada vez mais aperfeiçoados de reconhecimento e síntese de fala, de tecnologias avançadas para a legendagem e dobragem de filmes e de programas de televisão, de instrumentos e tecnologias sofisticadas de tradução, etc.

    Muitos vêm na diversidade linguística mundial uma fraqueza e um entrave ao desenvolvimento económico e industrial. Se virmos as coisa por outro prisma e encararmos não só a diversidade linguística, mas também as diferenças, a nível internacional, nacional e mesmo regional, tudo leva a crer que aparecerão novas indústrias e novos produtos, em muitas línguas.

    Através da investigação e dos avanços tecnológicos vai ser cada vez mais fácil não só aprender línguas estrangeiras, como fazer a gravação e a análise das línguas menos faladas e das menos conhecidas como o catalão, o bretão, o basco ou o finlandês.

    As desigualdades com as quais inúmeros pequenos países se debatem, actualmente, e se debaterão nos próximos anos, são várias e tocam áreas tais como: os conhecimentos técnicos em linguística computacional, o desenvolvimento de software linguístico, os conhecimentos informáticos dos utilizadores, a disponibilidade da informação, as estruturas educacionais, e as infra-estruturas de telecomunicações.

    Estas desigualdades, que quase sempre vão de par com as disparidades a nível socio-económico dos vários países envolvidos, serão um sério entrave ao desenvolvimento mundial caso não sejam compreendidas e solucionadas, através de um alargado programa de intercâmbio cultural, integração, cooperação e transferência tecnológica.

    É no âmbito de uma maior cooperação que a indústria da língua dará o seu contributo, através dos seus serviços e produtos, no sentido de ajudar a reduzir as barreiras linguísticas, ou seja, tentar que todos os cidadãos comuniquem uns com os outros independentemente de serem ou não fluentes em várias línguas.

    Na área das tecnologias da língua, os investigadores não têm deixado de dar o seu valioso contributo. Nos princípios dos anos cinquenta Zellig Harris, através da linguística distributiva desbravava caminho na área da análise automática da fala. Em 1954 a IBM faz a primeira demonstração pública de tradução automática, na Universidade de Georgetown. Em 1956, no curso de verão de Dartmouth, um grupo de estudos, os entre os quais Herbert Simon, apresentaram uma série de modelos artificiais que permitiam que as máquinas simulassem exercícios de raciocínio e cognição humanos dando assim um grande contributo para a investigação em inteligência artificial. Nos anos sessenta Noam Chomsky , pegando nos trabalhos de Zellig Harris, formula uma teoria geral da linguagem que posteriormente inspirará o uso de diferentes modelos gramaticais no tratamento automático da língua.

    Da simbiose investigação e avanços tecnológicos nasceu a indústria da língua. Os dicionários electrónicos, as bases de dados terminológicas, os bancos de memória de tradução, a tradução assistida por computador, a aprendizagem de línguas assistida por computador são alguns dos exemplos mais significativos.

  5. O LECTICIEL
  6. Desenvolvido com financiamento de um programa europeu (LINGUA) o LECTICIEL (Lecture+Logiciel) é um posto de leitura assistido por computador (P.L.A.O.) especialmente vocacionado para os textos de especialidade. Trata-se de um sistema informático que combina vários tipos de funcionalidades tais como a gestão documental, o arquivo textual electrónico, a análise textual quantitativa, a escrita, gestão de dados, etc.

    Não tendo por objectivo competir com o mercado de produção de software, as preocupações da equipa de Saint Cloud (École Normale Supérieure - Paris, França), instituição coordenadora do projecto, situaram-se no estudo e desenvolvimento de soluções inovadoras no processo de ensino aprendizagem da leitura especializada em língua estrangeira [Lehmann 1988]. Para além do Grupo CREDIF da École Normale Superieure de Fontenay Saint Cloud, participaram as seguintes organizações : Universidade Complutense de Madrid (Espanha), Katholieke Universiteit Leuven (Bélgica), Katholische Universitaet Eichstaett (Alemanha) e o Centro de Estudos de Ensino a Distância (CENTED) da Universidade Aberta, Lisboa, Portugal.

    As Tecnologias da Informação e Comunicação não devem ser vistas como um meio do nosso trabalho ser feito por "outrém", mas como auxílio para cumprir as nossas tarefas com rapidez segurança, e qualidade. Os computadores são um meio para alcançar um fim e não um fim em si. Assim o programa LECTICIEL foi concebido como um instrumento poderoso de ajuda à leitura e não um programa que substitua, no acto de leitura, o leitor. Pelfrêne [Pelfrêne 1995] insiste no facto de os computadores e as tecnologias deverem ser pensadas e encaradas não em termos de substituição - ou seja as máquinas tentarem imitar o homem - , mas como um elemento que venha colmatar lacunas nas áreas ou domínios em que não há competição possível.

    O LECTICIEL é asssim um programa informático que procura rentabilizar ao máximo as enormes vantagens dos computadores, ou seja tratar uma grande quantidade de informação num curto espaço de tempo com exactidão. O LECTICIEL possibilita efectuar buscas em textos, formalmente fiáveis, constituindo uma ferramenta de ajuda na leitura ou o que os franceses designam de PLAO (Poste de Lecture Assistée par Ordinateur)

    O LECTICIEL (ver ilustração abaixo) possui funcionalidades como : procurar informação no interior de um texto, fazer compilações, captar os documentos para zonas pessoais, tomar notas, fazer pesquisas muito concretas. Existem outras funcionalidades do LECTICIEL que são um conjunto de ferramentas próprias para fazerem "repérages" na superfície dos textos. Estas foram concebidas para executar operações tão diferentes como: obter uma imagem gráfica de um ou mais textos, interrogarem o seu léxico, procurarem no(s) texto(s) elementos específicos e de os ver contextualizados, estudar a estrutura formal dos parágrafos e das suas respectivas frases, assim somo a sua tipografia, de procurar os elementos de pontuação, de ter uma ideia global da sua articulação.

    Figura 1 -Menus de entrada no LECTICIEL

    O LECTICIEL pode ser considerado um utensílio para o ensino mas também pode ser utilizado como um instrumento em investigação. Neste contexto, Gisèle Kahan utilizou-o no seu estudo do Français administratif e a equipa de Gérard Desbois & Maggy Pillods para o dossier sobre Le français langue d’enseignement en milieu multilingue.

    1. O LECTICIEL e o ensino de línguas de especialidade
    2. O LECTICIEL destina-se especialmente ao estudo das línguas de especialidade. Aplica-se a domínios profissionais muito especializados e o público-alvo são os profissionais e os estudantes desses domínios. Nesta utilização, o LECTICIEL pode ser usado como um banco de palavras, de especialidade ou não, e um banco de construções sintácticas. O utilizador, em contexto de aprendizagem autónoma, poderá, de acordo com as suas necessidades e tendo em conta o seu próprio ritmo, aceder com facilidade a informações de vários domínios, de diferentes tipos de fontes, publicações e autores. Poderá cruzar assim assuntos diferentes a partir de textos diferentes.

      Uma das vantagens da utilização do LECTICIEL na escolha de textos de especialidade é a existência do programa BIBLIOTECA que permite não só a selecção de textos, como a comparação das palavras dos textos abreviados a partir das palavras mais frequentes dos textos que aparecem na ficha documental.

      A opção BIBLIOTECA permite fazer todo um trabalho de comparação e documentação. A partir de ESCOLHA POR AUTOR o utilizador obtém uma lista por ordem alfabética, trabalho moroso quando feito com textos em versão papel. É igualmente possível escolher textos a partir das opções TEMAS e TIPOS DE SUPORTE. Nas fichas documentais, para além das indicações relativas à data de entrada do texto no programa e o seu número, podemos também ter acesso aos respectivos dados bibliográficos: autor(es), título, data e local de publicação, fonte, e palavras chave. Cada ficha contém ainda informações relativas ao comprimento do texto (longo, médio ou curto), ao número de parágrafos, ao número exacto de páginas da versão papel, aos diferentes tipos de títulos, à presença ou ausência de notas de rodapé e de diferentes tipos de efeitos tipográficos.

    3. O LECTICIEL e o ensino de línguas estrangeiras

O LECTICIEL promove ainda de um modo mais genérico, a competência de leitura em línguas estrangeiras. Ensinar línguas estrangeiras fazendo-o língua por língua, separadamente, não responde às necessidades de aquisições linguísticas dos aprendentes. As contingências são de ordem social, económica e política, mais do que linguísticas.

O LECTICIEL propõe assim :

  1. Os Corpora no LECTICIEL
  2. A utilização do LECTICIEL como instrumento de ajuda à aprendizagem de línguas baseia-se fortemente na existência de corpora previamente tratados e incluídos no ambiente de trabalho oferecido pelo LECTICIEL.

    Um corpus no LECTICIEL é um conjunto de textos subordinados ao mesmo tema contendo textos que diferem quanto à extensão, aos autores, às fontes e aos suportes (revistas, obras de especialidade, relatórios, manuais, artigos de jornais, etc). Na sua versão electrónica, cada texto tem a sua respectiva ficha com referência ao autor(es), título, fonte, palavras chave, tema, extensão, nș páginas, nș parágrafos, nș notas, nș efeitos, data, etc. (existem actualmente vários corpora LECTICIEL - Direito e Administração, Economia e Gestão, Medicina, Ecologia, etc., em várias línguas).

    1. Exemplo - o Corpus em Português

A equipa portuguesa do projecto LECTICIEL coligiu dois tipos de corpus: nas áreas de Economia (70 textos) , e Gestão e Energia/Ecologia (27 textos).

A elaboração electrónica dos corpora é uma fase importante e morosa deste projecto que começou com a escolha dos textos. O tipo de suporte scripto no qual se baseou o nosso corpus assumiu formas variadas (brochuras, enciclopédias, obras da especialidade, imprensa, relatórios, revistas da especialidade, etc). A escolha dos textos baseou-se nos seguintes critérios:

Seguiu-se a digitalização dos textos (scanner), sua "limpeza"(correcção dos erros). Por fim atribuiu-se a cada texto de um formato especial que posteriormente permitiu ao programa LECTICIEL fazer o seu respectivo "tratamento".

O corpus, com textos de autores portugueses,da área de Economia, contempla os seguintes temas:

Desenvolvimento, Moeda e Finanças, Trabalho e Emprego, Rendimento e Repartição, Economia Pública, Análise e Política Económica, Empresas, Política Monetária, Economia Urbana, Portugal na União Europeia, Internacionalização, Educação Económica, Banca, Economia e Demografia, Investimento Externo.

O corpus apresenta artigos de revistas da especialidade e excertos de obras representativos do panorama económico da última década.

Foram realizadas experiências em Portugal, no contexto de um curso designado "Français langue de spécialité", na Universidade Clássica de Lisboa, Faculdade de Letras. Os corpora do Lecticiel em línguas estrangeiras podem servir para aperfeiçoamento da língua, dando ao especialista a capacidade de ler e compreender artigos estrangeiros e dominar o léxico da especialidade. Objectivo do curso : Francês - língua de especialidade (Economia). Público : estudantes de pós-graduação em Tradução Técnica de Línguas de Especialidade.

    1. O Corpus Plurilingue

Um dos objectivos do LECTICIEL foi a construção de um corpus plurilingue, baseado numa grelha comum de temas que devem interessar os utilizadores, sendo os textos do mesmo tema mas com aproximações diferentes consoante as vivências culturais de cada país. A natureza dos documentos é semelhante à do corpus de Economia mencioando acima (artigos de imprensa especializada, etc..)

Escolheram-se assim as seguintes tipologias de discurso: especialista/ não especialista, científico, e técnico. Fixaram-se os seguintes temas: energias tradicionais (carvão, petróleo e gaz natural), energias alternativas (água e sol). e energia nuclear. Cada tema contemplou dois textos de carácter: jurídico, social, técnico, económico, e textos comuns (C.E.).

 

  1. Experiências

Para além das experiências reportadas em Portugal, o LECTICIEL foi experimentado em mais de 50 universidades ou estabelecimentos de ensino superior não universitário de 17 países, espalhados pelo mundo., desde os países directamente envolvidos no projecto até um vasto leque de países terceiros (exemplo : Moscovo, Vietname,.Brasil - PUC/São Paulo. etc.).

Os resultados práticos das experiências feitas mostram que este produto informático responde às necessidades actuais no sentido de:

O principal objectivo do projecto LECTICIEL era a realização de material didáctico apoiado, simultaneamente, nas experiências pedagógicas já desenvolvidas ou em curso, na informática pedagógica e no ensino das línguas de especialidade ou da leitura especializada.

  1. Conclusão

A actividade desenvolvida no projecto LECTICIEL, entre 1993 e 1997, leva-nos a concluir que, numa comunidade de países como os ibero-americanos, os corpora em língua portuguesa, espanhola e francesa, seria importante e pertinente para o desenvolvimento de de experiências de leitura tendo por base a transparência que deriva de uma origem linguísitca comum - a latina que se apoia em textos fortemente codificados e baseados em terminologias comuns, dado que possuem a mesma base neológica.

O público alvo ou potenciais interessados numa edição electrónica do LECTICIEL, seriam, de acordo com os contactos estabelecidos e experiências realizadas :

O LECTICIEL, ambiente de leitura assistida por computadorem será asim um instrumento didáctico relevante, permitindo melhorar a competência linguística, em línguas estrangeiras e de especialidade, aceder facilmente à informação disponível, e transferir conhecimentos utilizando a novas tecnologias de informação e comunicação.

 

 

 

  1. Referências

(Pelfrêne 1995) - Conferência proferida em Caracas, Novembro 1995 por ocasião do seminário "LECTICIEL -Lecture et ordinateur

[CE 1997] (Língua e Tecnologia, Da Torre de Babel à Aldeia Global, 1997, Comunidades Europeias).

[Lehmann 1988] (LEHMANN, D., MARGERIE, C., PELFRÊNE, A., (1988) in Nouvelles technologies et apprentissage des langues, Le français dans le monde, nș especial, Agosto e Setembro, pp. 116-121)